domingo, junho 26, 2005

O paraiso eh aqui!



O que eu quero mais da minha vida?!?!?! Sol, praias mediterraneas, comidas medirreraneas e peças de teatro primorosas todos os dias. Dei uma sorte danada de chegar no momento em que Barcelona tem vaaarios dias consecutivos de sol e eh sede de um festival de teatro como dos que ha muito tempo eu nao podia aproveitar!
Uma das minhas mais novas paixoes chama-se Teatro Nacional da Catalunha, onde fui assistir a peça-espetaculo de dança Gá-Gá, na sexta-feira. Sábado foi dia de Sitges, uma vila mediterranea charmoserrima a menos de uma hora de Barcelona. À noite, Gazzetta, ópera dirigida pelo Nobel Dario Fo e em cartaz nada mais nada menos que no Teatro Liceu. O meu assento no teatro é uma historia a parte (resumidamente, nao se via nada da minha cadeira. Na-da. Mas tinha uma televisaozinha "daquelas de aviao", como disse a Duna, colada na cadeira a minha frente. E, ao contrario do resto do teatro que via todo ou parte do palco, eu tinha acesso as legendas em espanhol. Os "ricos" so tinham a opcao do original (napolitano) e do catalao das legendas). Pra acabar rapidinho, hoje foi dia de Tarragona, outra cidade de praia ao sul, e de uma peça num dos teatros alternativos de Barcelona. Radio Pirata falava da vida imigrantes e das suas impressoes e depressoes na Espanha.
Amanha de manha eh a nossa partida para Bilbao, San Sebastian e (novidade!) Biarritz.
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quinta-feira, junho 23, 2005

É, Barcelona!!

Alguns emails de amigos perguntando: "Vc estah em Barcelona? Como assim?" Eh... Vim sem avisar muito. Encontrar a Duna, com quem ha 24 horas tenho dado gargalhadas lembrando bons momentos da epoca em que eramos inseparaveis nos tempos de ginasio.
Hoje foi dia de praia, muito sol, sorvete, banho de mar (no Mediterraneo de novo!) e o mais legal: um lugar chamado informalmente Champanheria. Sen-sa-cio-nal! Uma especie daquele balcao do Cervantes, soh que no lugar de chope, serve-se a cava, espumante catalao. A garrafa eh tao barata, mas tao barata, que soh se pode pedir se parar para comer alguma coisa. Croquetes perfeitos. Com uma mostardinha... Trouxemos mais duas garrafas de Cava para casa pq hj eh uma festa muito importante aqui. San Juan eh comemorado como reveillon. Estamos saindo agora para a praia. Eh 0h21... To atrasadaaaa!
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quarta-feira, junho 22, 2005

"As meninas" - 1

Ela vai embora só daqui a oito dias, mas consegui me salvar da despedida oficial graças a minha viagem pra Barcelona. Ela me deu um tchau olhando pro chão e usando seu já tradicional vocativo "moça". "Tchau, moça". E foi meio cambaleante para a porta do metrô. "Tati, a saída é pra esse lado de cá", disse eu, usando o desconforto dela para disfarçar a minha tontura... O último tchau foi de dentro do vagão. Do lado de fora, a minha amiga, peça fundamental do "grupinho" formado em Londres, responsável por momentos únicos (a conversa com o rapaz que achou que ela era frentista) e por frases que viraram bordão ("...se você gosta..."). Depois da chegada do verão, do fim da correria do mestrado, a minha Londres muda definitivamente quando eu voltar da Espanha. Londres sem a Tati. "As meninas" menos uma. Ai, ai...


Tati e eu em Estocolmo, num wine bar
maravilhoso. A foto é da Dri Posted by Hello
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domingo, junho 19, 2005

Nove horas da noite, 30 graus

Não sei qual foi a última vez que passei por isso... A gente fica parado, sem se mexer muito, pra não ficar com mais calor ainda.
Hoje foi dia de biquini, canga, garrafinha de água mineral, iPod e Observer na Russell Square. No caminho de lá fui parada pelo Mariano e pela Elena e mandei: "Tô indo para a minha nova praia". "A Russell Square?", perguntou ela. "Sim, mas vamos fingir que é Ipanema, tá?".
Nem precisava. Muito legal essa cara nova de Londres que eu não conhecia. Só que, quando não se vai à "praia", a vida é bem mais difícil. A cidade não é feita para calor. O metrô simplemente não tem ar condicionado porque os túneis foram construídos há muito tempo e, segundo alguns amigos ingleses, não há espaço suficiente para acoplar o ar condicionado aos trens... Acostumada com aquele aliviozinho bom que dá quando a gente entra nos vagões do metrô do Rio, ainda me decepciono a cada entrada no metrô daqui. Muitos pubs e restaurantes também não têm ar. Água mineral geladésima na rua? Muuuuito difícil encontrar.
Mas a gente vai levando essa vida dura...

Minha nova "praia", a Russell Square. Tirei essa foto de biquini sentada na minha canga. Acreditem... Posted by Hello


Parada embaixo de um guarda-sol num pub em Greenwich durante a peregrinação gastronômica de ontem Posted by Hello
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quinta-feira, junho 16, 2005

Pulinhos com barulho

Assim foi definido hoje de manhã pelo Mariano o espetáculo do Merce Cunningham que está em cartaz no Barbican até domingo. Ele viu ontem com a Elena e eu fui ver hoje com a Melissa. Realmente são "pulinhos com barulho", mas tem seu estilo. Bem legal.

Achei por acaso a única coisa que eu sentia falta lendo os jornais do Brasil na internet:

"Zoé e Zezé" é mais
simpático que "Baby Blues"...
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quarta-feira, junho 15, 2005

O erro do Fulgêncio Baptista

No fim da tarde de ontem no Brasil, o Fabinho (meu primo de Porto Alegre com que não falava há seeeeculos) me deixou com inveja dizendo que estava assintindo ao vivo o depoimento do Bob Jefferson ao Conselho de Ética (sic) da Câmara. Assim como "Festa no Apê", isso é uma das pérolas que se perde quando se está longe... Algumas horas depois, um email do meu tio: "Volte antes que o Brasil mude".
Julia,
O erro do Fulgêncio Baptista foi deixar o Fidel falar. Ele falou seis horas pelo rádio, direto do hospital, depois de ter atacado Moncada, e está até hoje no poder.
São 20:45. Há seis horas, estou vendo o deputado Roberto Jéferson demolir a cúpula do PT, pôr a Globo de bunda de fora e expor a Veja, tudo diretamente da Comissão de Ética da Câmara os Deputados via tv a cabo. Não tem preço. Confirmou o que disse à Folha (veja ontem e hoje) e virou o jogo: ferir a ética, seria calar. Foi absolutamente sincero e convincente ao comentar o dia-a-dia do poder e os valore$ envolvidos. Humilde, irônico e crível acabou sendo elogiado por seus pares do PT ao PSDB, passando pelo PPS, PV, PDT, PTB, PFL, os dois últimos acusados de levar mesada do PT. Vai provocar uma revolução. Veja amanhã no noticiário.
Beijos
Tio João

Caramba... Como queria ter visto isso... Fiquei só na leitura frenética das notícias hoje. Há são quase 11h aqui e só fiz isso até agora...

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Em Paris, a jornalista Florence Aubenas deu ontem uma coletiva comovente sobre os dias que passou seqüestrada no Iraque. Honrando suas características "socialistas", o Libération dividiu a sua jóia com os outros jornais e negou-se a se aproveitar do fato de ser o empregador de Florence e sair com o file mignon da cobertura. Dá pra imaginar algum jornal brasileiro fazendo isso? Neste vídeo, que pode ser acessado pela homepage do Libé, Florence descreve a história "curta para ser contada, mas longa para ser vivida".
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terça-feira, junho 14, 2005

Farewell, bye, bye...

Em inglês, a palavra despedida não tem o mesmo peso da des-pe-di-da em português... Sei lá... Eu acho... Fui obrigada a começar a pensar nisso ontem, quando tive que me despedir pela primeira vez de um colega do mestrado, que vai para a Bolivia amanhã e não volta mais para o Reino Unido. "Espero vocês em Boston!", disse o futuro doutorando de Harvard.
Pois foi estranhão... Triste, triste... Os ingleses meio contidos, a brasileira (eu) fazendo drama e repetindo "que triste" e o espanhol fechou com chave de ouro: "Yankee, go home!"
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segunda-feira, junho 13, 2005

Agora é oficial!

Recebi hoje pelo correio uma carta do mestrado confirmando que passei em todas as provas e que já tenho autorização para seguir com a dissertação. U-huuu! Já sabíamos que nenhum dos alunos tinha sido reprovado nas provas deste ano. Depois do exam board meeting da semana passada, recebemos um email parabenizando a todos. Nesse encontro, os professores discutem as notas de aluno em aluno, tomando em consideração o seu desempenho em sala de aula e dando o último ok para o título da dissertação. Que emoção! Tudo certo! Na festa de encerramento, na última quinta-feira, conheci o brasilianista associado ao instituto, orientador da Néli. Depois de ela me apresentar, ele educadamente me perguntou: "Qual é o título da sua dissertação?". Depois da resposta, um "Ah! Sim, sim! Muito interessante" (identificando o meu, entre os títulos debatidos no tal exam board meeting). O negócio é todo organizadinho...

Lá do Rio, o Guy continua me fazendo rir:

Dim-witted
Even now I still get caught out when I see a sign on a door in Brazil saying 'Puxe'. Without fail I go ahead and push it, conjuring up images of that great Far Side cartoon in which the boy does the same at the School for the Mentaly Gifted.
If ever there was an open competition for the linguistically incompetent, it would be me.
PS For non-Portuguese speakers and the record, push is 'empurre'. Obvious really isn't it? No, I didn't think so.
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sexta-feira, junho 10, 2005

Fim da viagem

Eu fiquei adiando como a gente faz quando chega ao último capítulo de um livro que gostou muito de ler e que não queria que acabasse nunca... Mas infelizmente essas são as últimas fotos da viagem inesquecível e inacreditável de tão maravilhosa pela Provence. Esse foi o dia do Lago Sainte Croix, onde a água é azuuuul e se pode andar de pedalinho entre os canyons... Mais fotos no último dia, publicadas meio que a contragosto porque são as últimas, aqui.

Parece uma praia no Caribe, mas é um lago na França! Posted by Hello
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quinta-feira, junho 09, 2005

Impressões de forasteiro

O Guy passou alguns bons meses se divertindo com os meus posts sobre Londres. Ouvi umas duas vezes ele explicando para outras pessoas que não haviam lido o meu blog o que eu queria dizer com "a ginga do malandro inglês". Agora chegou a minha vez de morrer de rir com as impressões dele sobre o Rio. Ele está no Brasil desde o início da semana, trabalhando na dissertação do mestrado. O início do post dele de ontem é de fazer rir e deixar a gente com aquela saudade boa do Rio:

Usually it takes a few days to wind down and get into the swing of things Brazilian. That’s because I tend to rush around in London. When I get to Rio the pace of life seems to slow down. But that’s because I’m normally here on holiday.

Yesterday during my first full day in Rio I noticed how quickly I had slipped back into the groove. Going around the Baia de Guanabara in Botofogo on a bus, the driver putting the vehicle almost on two wheels, realised that life in Brazil need not be slow.

O post continua aqui. Aconselho a leitura diária.

O Guy lá no Rio, eu aqui e o Lula na Al Jazeera.

Ah! Prometo para amanhã as fotos do último dia da viagem a Provence. Prometo!
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quarta-feira, junho 08, 2005

Projeto Dois Verões

Fui já toda equipada entregar à minha orientadora o meu projeto de dissertação e a bibliografia organizadinha para o encontro de amanhã à tarde. De lá, direto pra piscina da Union (que eu sempre defino como "uma espécie de DCE muuuuito melhorado"). O Projeto Dois Verões começou com força total na semana passada. Depois dos dois invernos (no Brasil e aqui) é hora de tirar o mofo.
Voltei para casa cantando Mrs Robinson e com a maior vontade de tomar um picolé de coco do Dragão Chinês...
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terça-feira, junho 07, 2005

Motivo para estar longe

Gente, soube ontem de uma coisa que se chama "Festa no Apê". Podem rir e achar que eu estou mentindo. Mas juuuuro que nunca tinha ouvido falar nisso. Taí uma vantagem de estar longe do Brasil há nove meses. Pelo que entendi, é uma música do Latino que toca como praga que nem aquelas "Segura o Tchan" e "Dança da Garrafa". Im-pres-sio-nan-te como é ruim! Pra quem estava por fora, como eu, aqui está ela. Pra quem não agüenta mais, cuidado para não passar o mouse sobre esse post... Sabe lá...


Laaaá do alto de Chateauneuf-du-pape. De frente para um
pôr do sol e depois da visita ao domaine da amiga da
Renata. Ai, ai... Posted by Hello
Mais fotos desse suuuuper dia na Provence, com Saint
Remy, Les Baux e Chateauneuf-du-pape, aqui.
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segunda-feira, junho 06, 2005

Isso é Londres

Imagina essa cena aí abaixo (descrita pela Rosa num email que acabei de receber):
Nao sei se todas se lembram da festa na estacao de metro que a Dri mencionou...Gente, estava voltando para casa na quinta-feira e me deparei com mais de cem pessoas pulando enlouquecidas na estacao de Liverpool Street .. A Dri havia mencionado que cada pessoa deveria levar o seu som... So que ninguem havia falado que todo mundo deveria usar headphones... Para os "passantes", tudo estava no mais absoluto silencio e as pessoas pulavam freneticamente!! INACREDITAVEL!!
Me DOBREI de rir - literalmente!!
Essa, sem duvida alguma, vai ficar na historia de Londres!!


E isso é Lacoste. Na descida do castelo do Marques de Sade, que recentemente foi comprado pelo Pierre Cardin... Posted by Hello
Mais fotos do domingo na Provence aqui.
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sexta-feira, junho 03, 2005

Cidade encantada

Roussillon é daqueles lugares que provocam uma reação estranha até nas pessoas que acham a expressão "Lua de Mel" a coisa mais brega do mundo. A cidade faz a gente pensar: "Pô... Aqui até que não seria mal, hein?" Minutos depois você balança a cabeça como se acordasse de uma alucinação e conta rindo para os amigos o que acabou de passar pela sua cabeça. Estranhão...

Roussillon tem a cor do pigmento retirado das pedras Posted by Hello
Mais fotos do sábado na Provence aqui.
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quinta-feira, junho 02, 2005

Cassis e o Mar Mediterrâneo


Pela primeira vez em oito meses: praaaaia! Posted by Hello
Mais fotos do terceiro dia da viagem à Provence aqui.
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Culpa deles

Lula em discurso ontem na abertura do Salão de Turismo em São Paulo: "Muitas vezes acontece uma coisa que ninguém gostaria que acontecesse com o turista estrangeiro no Brasil, mas vamos ver também aonde estava esse turista, aonde ele foi meter a sua mão."

Além da cartilha de expressões politicamente incorretas, o governo deveria lançar também uma dizendo onde o turista pode meter a mão. Os que levam facadas em plena Viera Souto devem ter feito também alguma coisa de errado. Vamos perguntar para o Lula o que foi.
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quarta-feira, junho 01, 2005

Um dia em Avignon


Iracema e eu no Palais des Papes Posted by Hello
Mais fotos do segundo dia da viagem aqui.
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"Fragmentos de Santa Teresa"

Esse foi o assunto do email que acabei de receber do Luke, um amigo inglês do mestrado que acabou de chegar ao Rio (mais precisamente a Santa Teresa) para o trabalho de campo para a dissertação. Para quem vai morar lá por pouco mais de um mês, nada como a experiência de ouvir as críticas de um taxista durante toda a viagem para casa. Apesar da dissertação dele não ser sobre Santa Teresa, o field work não poderia ter começado melhor.

When I tell him I want to go to Santa Teresa, he grimaces, and looks as if I have just asked him to inspect my shit for worms.
Err Rua Aurea, a conhece?
Long pause. No I don´t know it. I don´t know any roads there
Um perhaps you have a map?
Why do you want to go there? Are you staying with a friend? Its so ugly, so dirty, puro favela, you just have to walk two blocks and you`re in the wrong part of town, why don´t you go to the Zona Sul, not that ugly place, you know how many times I`ve been there?
I don`t know, once?
That´s right. Once was enough to know I never want to return....
and so begins the taxi driver´s 20 minute monologue of misery (punctuated by diplomatic moments in which he tells me It´s not his beach = not his cup of tea, and each to their own hammock and so on), either way at the end I am dissatisfied with my decision to stay there, questioning my judgement, thinking I`ll look elsewhere after a day or two, somewhere safer, more polished, neat,clean...
As we approach the hill which demarcates the neighbourhood I ask if the adjoining area we´re in is Lapa
That´s right. Another bloody horrible place. Dirty, ugly, even the women are more ugly here than other parts of town
We climb the steep cobbled streets and pull up outside the beautiful turn of the century house in which I will stay, we unload my bags and he walks to his car without so much as a goodbye, then zooms off to his unhappy wife in his unhappy home in unhappy street, unhappyville, feeling unhappy.
I meet Dona Rosa, the lovely maid, and sink in to a deep sleep on synthetic sheets, enjoying the fact that my skin is exposed to the muggy air....I don´t need to wear pyjama bottoms, I could but I don´t hee hee...sleep is busy and thoughts, information of the last few days rushing past, I am sweating it out, uncertainties, song lyrics, accomplishments, fears, the-same-over-and-over quick flash past and it hurts, but it is cathartic I wake, I eat, I stretch, I bathe in the sun in the verdant garden, plants which sit in the centrally heated comfort of my room in London are running about giddy in the sun outside all around me, home for hummingbirds and lizards, but still the thoughts, I`m not here, not now exercise to cultivate presence I focus on my body and narrate out loud stream of consiousness I note my trails of sweat, the patterns of light and the trajectory of a fly which fitfully settles on my arm, then leg
I start to arrive in the peaceful, art filled, dark wooded space in lovely, abundant Santa Teresa
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